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Na Psicologia existem diversas teorias e métodos de tratamentos. Sou adepto da linha Junguiana, criada pelo psicólogo suíço Carl Gustav Jung. Ela é considerada a mais ampla e profunda, posto que enxerga o ser humano em sua “individualidade” e em sua “totalidade”, ou seja, o indivíduo participante de um contexto social.
Psicologia Analítica, também conhecida como Psicologia Junguiana, Complexa, Profunda ou Análise é um ramo de conhecimento e prática da Psicologia, iniciado por Carl Gustav Jung. Ela enfatiza a importância do inconsciente, dos arquétipos e do processo de individuação.
Ela se distingue da Psicanálise, iniciada por Freud, e da psicologia de Adler e seus contemporâneos, por uma noção diferenciada e abrangente da libido, a conceituação do inconsciente coletivo e o surgimento da função transcendente. Neste contexto temos, então, os Psicanalistas (linhagem Freudiana) e os Analistas (linhagem Junguiana). Estes também são conhecidos por Psicanalistas mas preferem a denominação de Analistas.
Conceitos importantes no sistema de Jung são: individuação, símbolos, inconsciente pessoal, inconsciente coletivo, arquétipos, sincronicidade, complexos, persona, sombra, anima, animus, o ego (ou self) e o Self (centro regulador de nossa psique). Foi Jung que estudou e desenvolveu os termos “complexo” e “complexos”.
Jung criou a Psicologia Analítica a partir da Psiquiatria e da Psicologia do final do século 19, bem como, dos seus profundos estudos de Alquimia, Mitologia, Gnose, da história comparada das religiões, de experiências pessoais inusitadas e, especialmente, da Simbologia que o levou a compreender os Complexos e os “sintomas” como autorrepresentações de processos psíquicos inconscientes.
Jung via o inconsciente não apenas como um repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas como um sistema passado de geração em geração, vivo, em constante atividade, contendo todo o esquecido e também neoformações criativas organizadas. Neste sentido tanto o inconsciente pessoal como o inconsciente coletivo contém predisposições funcionais de organização do psiquismo, que são reveladas simbolicamente, por exemplo, através de sonhos ou doenças físicas e psíquicas.
A suposição básica é que o inconsciente pessoal é uma parte potente - provavelmente a parte mais ativa - da psique humana normal. A comunicação confiável entre as partes consciente e inconsciente da psique é necessária para a totalidade.
A Psicologia Analítica distingue entre um inconsciente pessoal e um inconsciente coletivo. O inconsciente coletivo contém arquétipos ou imagens comuns a todos os seres humanos. Esses conteúdos são mais facilmente vistos como respostas às questões mais fundamentais da humanidade, como: vida, morte, felicidade, medo e conceitos espirituais (que diz respeito à espiritualidade).
Já o inconsciente pessoal diz respeito às vivências e “complexos” pessoais sendo acessado diretamente através dos sonhos, da imaginação ativa ou, ainda, pelo processo de Individuação (tornar-se um indivíduo dentro de um coletivo). Ou seja, o processo de Individuação deve trazer à tona símbolos que se relacionam às experiências de vida do indivíduo.
Também crucial é o entendimento de que os sonhos mostram ideias, crenças e sentimentos que os indivíduos não estão prontamente conscientes, mas precisam estar e que esse material é expresso em um vocabulário personalizado de metáforas visuais ou símbolos. Coisas “conhecidas mas desconhecidas” estão contidas no inconsciente e os sonhos são um dos principais veículos para o inconsciente expressá-las. Esses “recados intuitivos ou simbólicos” não sendo compreendidos vão se tornando concretos ou físicos pela ação do Self, a instância reguladora de nossa existência, que aprendemos a chamar de “Deus” e que nos impulsiona rumo à Individuação, à libertação e à saúde.
Uma necessidade inata de autorrealização leva as pessoas a explorarem e integrarem essas partes renegadas de si mesmas. Esse processo natural é chamado de Individuação, ou o processo de se tornar um indivíduo.
Segundo Jung, a autorrealização é alcançada através da Individuação. A psique adulta, é dividida em duas camadas distintas. Na primeira metade de nossas vidas, nos separamos da humanidade. Tentamos criar nossas próprias identidades ("eu", "eu mesmo"). Jung também disse que temos uma espécie de "segunda puberdade" que ocorre por volta dos 40 anos: as perspectivas mudam da ênfase no materialismo, na sexualidade e em ter filhos para preocupações com a comunidade e a espiritualidade.
Na segunda metade de nossas vidas, os humanos se reúnem como a raça humana. Eles se tornam parte do coletivo mais uma vez, mas, como INDIVÍDUOS. Eles também são mais propensos a prestar atenção aos seus sentimentos inconscientes e conscientes e aos desejos e sonhos PESSOAIS. É a metanoia ou crise da meia-idade.
Jung propõe que o objetivo final do inconsciente coletivo e da autorrealização é nos levar à experiência mais elevada. Isto é a uma transcendência espiritual.
Se uma pessoa não atinge seu autoconhecimento, podem surgir sintomas neuróticos. Os sintomas são amplamente definidos, incluindo, por exemplo, fobias, psicose e depressão.
"CONHEÇA-TE A TI MESMO E CONHECEREIS O UNIVERSO E OS DEUSES". Sócrates